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Arquitetos: Tamas Nagy
- Área: 15523 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Tamas Bujnovszky
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro de Peregrinos Szentkút está localizado na região Nordeste da Hungria, nas montanhas Matra, próximo ao vilarejo de Mátraverebély. O local tem sido visitado por peregrinos por quase 900 anos por causa da água sagrada de fontes locais. Muitos acreditam no poder milagroso da água. No século XVIII uma igreja barroca e um monastério foram construídos próximo a essas fontes.
Um altar externo e local de adoração foram acrescentados em torno de 1930, além de um edifício de dormitório para os peregrinos. Há sete anos a Ordem Franciscana - que está administrando o local agora - decidiu desenvolver o complexo, ocasião que renovaram os edifícios históricos e construíram novos para visitantes - aproximadamente 200.000 por ano. O complexo de edifícios contém sete elementos.
O primeiro é a Igreja Barroca e Monastério que foram restaurados. Foram eliminados os elementos acrescentados no final do século XIX, além de novos pavimentos, bancos e nova iluminação de LED foram instalados. Os altares do início do século XX foram substituídos por altares simples de pedra. O Monastério passou por uma intervenção mais radical: substituição de todas as portas e janelas, estrutura do telhado, pavimentos internos e externos, acrescentando banheiros aos quartos dos monges. Um novo pátio foi projetado e construído para os monges, seguindo o antigo padrão de jardins fechados: é rodeado por um corredor aberto, porém coberto. Toda a estrutura é feita de concreto e madeira.
O segundo elemento de projeto contém a reconstrução de um espaço litúrgico aberto com novos pisos em pedra, novos bancos, novos altares em pedra e nova iluminação. As paredes de pedra que suportam a encosta foram reforçadas, uma loja foi construída por trás do contraforte vendendo lembranças religiosas. Todas as escadas, balaústres, pontes foram redesenhadas e reconstruídas. Novos mosaicos foram construídos sobre o altar externo por um monge jesuíta artista, Marko Rupnik.
O terceiro elemento foi a reconstrução total da casa dos peregrinos erguida nos anos 1930. Contém 25 quartos duplos com banheiros, além de um restaurante com um grande terraço. Adjacente ao monastério, uma nova biblioteca está localizada no segundo pavimento para os monges. Todas as janelas e portas foram substituídas aqui também. Com um sistema de elementos de sombra deslizantes, uma nova fachada pôde ser criada.
O quarto, quinto e sexto elementos formam uma ala com quase 300 m de comprimento, nos pés de uma montanha do entorno. É um edifício com cobertura verde que compreende um grande complexo de banheiros para os visitantes, uma sala multiuso para 200 pessoas e três edifícios de dormitórios para peregrinos. Nestes edifícios os quartos foram projetados para 8 até 14 pessoas. Todos os edifícios estão rodeados por um corredor aberto e coberto envolto por uma grande estrutura de sombreamento.
O sétimo elemento é o Edifício de Recepção.
Está posicionado na entrada do complexo, na borda da zona sagrada e profana. Sua inspiração vem da sua posição única. A hóstia sagrada é feita de um fino disco de farinha e água do tamanho de uma pizza. Após remover as hóstias de diferentes tamanhos, permanece uma placa perfurada, que é normalmente considerado resíduos de material descartado. A planta do Edifício de Recepção é obtida a partir da transformação deste disco perfurado - simbolizando a ausência de Cristo. O edifício está posicionado em um terreno inclinado: enquanto o lado curvo da recepção envolve uma praça de entrada semi-circular, a lateral perfurada do edifício é sustentada por colunas portantes com diferentes longitudes e diâmetros que foram exigidas pela lei, O lado de chegada está delimitado por uma galeria desde a qual podemos ter acesso aos banheiros, uma loja de lembrancinhas religiosas, uma galeria de arte e um centro de informação com uma sala de conferências.
Todas as áreas de pedestres estão cobertas por pisos com pedra cinza, as árvores estão rodeadas de pedras brancas e curvas. As estruturas de madeira ao ar livre são tradas com injeção de alta pressão.